terça-feira, 14 de julho de 2020

Hora-Extra no Pequeno Depósito de Refugos dos Horrores

Hora-Extra no Pequeno Depósito de Refugos dos Horrores (link)
Luiz Prado
Brasil, 2020


Hora-Extra no Pequeno Depósito de Refugos dos Horrores


Os operários do Criador, responsáveis pela “mão na massa” na hora de criar os seres vivos, acertam muitas vezes. Em algumas ocasiões, entretanto, a execução do projeto dá terrivelmente errado e ele não pode entrar na existência.

Quando está por perto, o Criador simplesmente desintegra o resultado tenebroso. Quando não está, os operários costumam guardar esses projetos num quartinho escuro, secreto e abandonado.

Nesse depósito, estão os horrores a quem foi rejeitado o direito de pertencer ao mundo. Toda sorte de bizarrice, monstruosidade e perigo está amontoado lá, pegando poeira e sem destino.

É noite de sexta-feira e todo mundo foi embora da fábrica. Menos um operário, Tarantão. É porque ele decidiu impressionar sua paixão, Talamita, mostrando os refugos do pequeno depósito.


OS PERSONAGENS


Um dos jogadores é Tarantão. Ele quer impressionar sua paixão, levando-a para ver as criaturas grotescas no depósito. Quer deixá-la assustada e mostrar que ele mesmo é criativo, esperto e não tem medo de nada.

O outro jogador é Talamita. Ele tem curiosidade para conhecer os refugos da criação. Tem várias perguntas, mas também tem receio do que pode encontrar lá atrás.

O JOGO


O jogador que é Tarantão leva o jogador que é Talamita para um espaço como o quarto da bagunça, a lavanderia, o almoxarifado ou simplesmente seu próprio quarto. Lá, começa a descrever os refugos a partir de sua imaginação, utilizando os objetos e mobiliários do lugar.

Quanto mais grotescas, improváveis e assustadoras as criaturas, melhor. Conte histórias do que fizeram, qual era o projeto original, quais seus “nomes de trabalho”.

Talamita observa o ambiente, faz perguntas, investiga, pede mais detalhes. Pode sugerir características e traços a partir do que despertar sua curiosidade. Quem sabe das criaturas é Tarantão, mas Talamita pode ajudar o outro jogador a criar os refugos também.

O jogo pode terminar de duas formas. Talamita acha tudo muito grotesco e pede para ir embora: “não era isso que eu tinha em mente para uma noite de sexta-feira!” Ou pode se impressionar decididamente com Tarantão, se declarar e dar-lhe um abraço: “você é realmente a pessoa mais corajosa que eu conheço.”

Fim do larp.




(Se você gostou, dê uma olhada também em Os Anatomistas de Babel, de Ygor H. Speranza, uma das referências para esse larp. O jogo pode ser encontrado aqui.)

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