quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Calendário

Calendário
por Caue Reigota
Redigido por Luiz Prado
Brasil, 2013


Este é um jogo para 2 até 12 participantes. Aqui, cada pessoa representa um mês do ano - isso mesmo! - numa reunião para decidir sobre a criação de um novo feriado.

Comecem sorteando o mês de cada um - vocês podem usar cartas de baralho ou tarô ou simplesmente escrever os nomes dos meses em pedaços de papel. A reunião acontece na casa do mês vigente - se estamos em setembro, vocês estão na casa de Setembro.

Durante o jogo, vocês irão debater qual feriado será criado e em qual mês ele deve estar. Cada um pode defender o feriado para si mesmo ou advogar em favor de outro mês. Façam alianças, criem intrigas ou fomentem a discórdia, conforme acharem melhor. Pensem nos feriados que já existem e usem-nos como matéria de argumentação. Lembrem-se que existem feriados religiosos, cívicos, internacionais, municipais, etc.

Procurem também pensar no comportamento e na personalidade dos meses. Como fevereiro seria se ele fosse uma pessoa? Um mês sem feriados é mais sério do que os outros? Como as estações do ano afetam cada um deles?

O jogo termina quando vocês chegarem a um acordo sobre o novo feriado. Depois disso, reservem uns minutos para falar sobre a experiência.


quinta-feira, 10 de julho de 2014

Uma tarde no museu

Uma tarde no museu (link)
Luiz Prado
Brasil, 2014


Uma tarde no museu é um larp para 3 pessoas, com duração sugerida de 15 minutos, sobre nosso relacionamento com as artes e o cuidado com o outro. Nesta experiência, as pessoas representarão personagens criados por elas mesmas e se relacionarão umas com as outras através deles, procurando falar, agir, pensar e sentir como seus papéis.

Uma tarde no museu
, uma experiência sobre nossa relação com a arte e o cuidado com o outro. O larp dialoga com a performance e problematiza as formas de interação com as obras de arte, possuindo forte potencial pedagógico.

sábado, 24 de maio de 2014

Breves Encarnações [2a versão]

Breves Encarnações (link)
um role-playing poem por Goshai Daian
Brasil, 2014

Breves Encarnações é um poema de horror doméstico para 3-5 pessoas. Cada uma delas interpretará, respectivamente, o Papai, a Mamãe e o Bebê no dia mais triste de suas vidas. Quem representa o Bebê também é responsável por introduzir e conduzir o jogo. Breves Encarnações é livremente inspirado no conto quase homônimo de David Foster Wallace e um role-playing poem por Goshai Daian.


domingo, 18 de maio de 2014

Um Pequeno Jogo à Mesa

SUGESTÃO DE UM PEQUENO JOGO À MESA (link)
por Goshai Daian
Brasil, 2014



Vocês são camponeses decidindo se lutarão ou não a favor de um Lorde contra o feudo vizinho.

O objetivo do jogo é explorar os afetos e desafetos entre nobres e camponeses. Definam um pano de fundo comum.

Depois cada um escreve secretamente num papelzinho um fato relativo ao governo do Lorde, bom ou ruim. Sempre que alguém pedir "me passe o sal" (ou outra expressão combinada previamente), pega um dos papeizinhos, lê pra si e introduz aquilo na conversa. Quando a refeição acabar é hora de decidir

(inspirado no Ouça no Volume Máximo, de Luiz Prado).

domingo, 27 de abril de 2014

Aquele que escapou

The One that Got Away (link)
por James Lórien MacDonald
Finlândia, 2013
Tradução Estéfano Vitagliano


Aquele que escapou


Um pai e seu filho adulto em um barco de pesca. As únicas coisas em suas mentes - além dos peixes - são as coisas que eles não conseguem dizer um ao outro. Mas um dia não haverá mais chance de dizer o que parece impossível dizer agora. Essa é realmente a hora?

Esse cenário é basicamente sobre filhos e pais, nessa idade em que os filhos são adultos maduros por conta própria, e os pais estão rastejando inexoravelmente no final de seus dias. Essas pessoas compartilham muito entre si - incluindo um enorme abismo de comunicação que de alguma forma parece impossível de abordar.

“Eu te deixei orgulhoso?”, “O que eu fiz de errado?”, “Ele gosta de mim como pessoa?”, “Por que ele consegue entender?”. Essas questões são clichês no relacionamento entre pais e filhos, mas aqui elas brincam com a fantasia que temos sobre acertar a conta de uma vez por todas com nossos parentes, para finalmente consertar e definir nossos sentimentos um pelo outro e provar a existência de amor incondicional.

Espere bastante silêncio nesse cenário - de fato, espere usar o silêncio como mecânica. As palavras que escolhemos podem custar-nos, por isso não devem ser usadas de forma descuidada.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Neve

Neve (Snow)  (link)
por Agata Lubańska
Polônia, 2014
Tradução Luiz Falcão
Este larp foi submetido ao Golden Cobra Challenge 2014 


Duração: 2 - 3h
Número de Jogadores: 5
Ambientação: Dias atuais
Formato: Nanolarp
Autor: Agata Lubańska (polônia)
Notas: Este larp requer um carro.
Inspirado pelo Dogma99.

O motor tossiu bruscamente e finalmente parou. Você demorou um pouco para perceber que estava na tundra, a horas de distância de qualquer civilização. E a neve simplesmente não parece ajudar...

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Jesus Cristo Cupcake

Jesus Cristo Cupcake (link)
Luiz Prado
Brasil, 2014


Jesus Cristo Cupcake é um larp sobre descrença e o século 21. Um dos personagens encontrou o Messias e recebeu um chamado. O outro vai ouvir em primeira mão o testemunho dessa revelação. Do encontro, surgem nossas ideias e questões sobre fé, crença, espiritualidade e o tempo em que vivemos.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Ocaso e Aurora

Ocaso
por Caue Reigota
Brasil, 2014

Aurora 
por Caue Reigota
Brasil, 2014

Ocaso

Um Larp sobre impotência.

Três pessoas andando à tardinha conversando sobre seus problemas.
Um deles fala sobre um problema insolúvel, outro sobre uma dúvida que não quer calar, e o terceiro sobre uma perda irrepáravel.
Nenhuma das três questões é resolvida durante o processo.
Ao chegar o momento do pôr do sol os três se calam e admiram a paisagem até o sol baixar completamente no horizonte.

Preparação:
  • São necessárias três pessoas.
  • Verificar as condições do tempo e a hora do pôr do sol http://www.apolo11.com/efemerides.php
  • Marcar o encontro para 1h antes do pôr do sol, reservando meia hora para explicação e meia hora para o jogo em si.

Aurora


Um Larp sobre esperança.

Três pessoas caminhando e conversando ao amanhecer.
Um deles fala do reencontro de algo ou alguém há muito perdido, outro fala sobre uma mudança repentina em sua vida e o terceiro sobre a descoberta de algo inesperado.
Essas questões podem ou não ter relação com as questões do Ocaso.
Quando o sol despontar no horizonte os três se calam e admiram o cenário até que o sol esteja completamente acima do horizonte.

Preparação:
  • São necessárias três pessoas.
  • Verificar as condições do tempo e a hora do pôr do sol http://www.apolo11.com/efemerides.php
  • Marcar o encontro para 1h antes do nascer do sol, reservando meia hora para explicação e meia hora para o jogo em si.


Créditos das Imagens - Ocaso: Pôr do Sol, por kedrovaia (Pixabay); Aurora: Já chegou o fim do ano, por Axel (flickr).

quarta-feira, 26 de março de 2014

The Cool Club

The Cool Club (link)
Tiago Junges
realizado para o Concurso Faça Você Mesmo de Criação de Jogos, edição 2014
Brasil, 2014

The Cool Club


Um grupo de críticos pseudo-intelectuais hipsters sentados em um café ou pub discutem os livros que acabaram de ler.

Preparação


Para jogar The Cool Club, primeiro você vai precisar de um tablet (de preferência iPad, já que vocês só usam Apple, obviamente), um pub ou café (ou sua casa, desde que seja em um local aconchegante perto da sua prateleira com seus prêmi-os e diplomas) e blocos para anotação para cada um (de preferência moleskines originais). Pode ser jogado com qualquer quantidade de jogadores.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Álcool

Álcool
por Luiz Prado
Brasil, 2014


Álcool

Um larp por Luiz Prado

Este é um jogo de representação sobre o significado do álcool em nossas vidas. Participam de duas a cinco pessoas e você precisa de uma mesa, uma cadeira e um copo com a bebida alcoólica que desejar. Evite problemas legais e jogue apenas com maiores de idade.

Um dos participantes senta-se à mesa, diante do copo. Ele representará um personagem que reflete se deve ou não tomar aquela dose. Por motivos que serão construídos ao longo do larp, bebê-la significa a continuidade de certo modo de vida que ele estuda abandonar. Por isso hesita, e as memórias da relação com o álcool vêm a sua mente.

domingo, 5 de janeiro de 2014

Feitos pra “sangrar”, comentário de Goshai Daian


"Os larps nórdicos buscam se distinguir dos americanos, entre outras coisas, por uma visão artística: o larp como “algo mais que entretenimento”, algo capaz de mexer com seus jogadores. E uma maneira de fazer isso é administrar o que eles chamaram de bleed - a transferência entre emoções e pensamentos do jogador para o personagem e vice-versa. Às vezes esse é o objetivo do jogo. E tem um tipo de jogo que foca exatamente nisso."

Leia o comentário completo de Goshai Daian, no blog RPG a La Carte.

Em 8 de maio de 2024, descobri que o link original para a postagem havia caído. Entrei em contato com o autor do artigo, Goshai Daian,e ele conseguiu recuperar o blog antigo para um novo endereço. Mirando a preservação do texto por mais tempo, reproduzimos abaixo em sua integridade. O link quebrado foi também corrigido nesa mesma data. — Falcão

Feitos para Sangrar


Contribuição à uma enquete do Larp Brasil 

Os larps nórdicos buscam se distinguir dos americanos, entre outras coisas, por uma visão artística: o larp como “algo mais que entretenimento”, algo capaz de mexer com seus jogadores. E uma maneira de fazer isso é administrar o que eles chamaram de bleed - a transferência entre emoções e pensamentos do jogador para o personagem e vice-versa. Às vezes esse é o objetivo do jogo. E tem um tipo de jogo que foca exatamente nisso. São os Poemas de Encenação (Role-Playing Poems).

Por Goshai Daian 

UM CASO DE BLEED 


Se me perguntarem eu digo que um poema de encenação é um rpg livre e conciso “feito para sangrar”. É um RPG em que as regras não existem para resolver as coisas na ficção, mas para estabelecer e regular uma cena.

O que uma cena contém e o que é uma boa cena depende, afinal, do que as pessoas querem fazer com aquela cena. Eu, particularmente, prefiro os P.E.s que conseguem criar uma tensão dramática. E isso tem a ver com a tal da transferência.

(Por esse critério, eu consideraria alguns jogos como Um Orc no Poço, Noir e Saga como rpgs livres que podem ou não ser encenados como poemas).


Minhas Queridinhas” (Good Night Darlings), de Mattjis Holter, é muito eficiente e versátil nesse quesito. Um dos participantes assume o papel de um Criador que deve matar suas amadas Criaturas. Há um tempo determinado para a cena e todas as Criaturas serão mortas pelo Criador ao final dela. Os jogadores estão ali para descobrir “como”. O poema condiciona os seus encenadores a jogar com os sentimentos do Criador. Na maioria das vezes eles vão buscar comovê-lo para alcançar uma morte digna, mas isso não é uma regra. Pode-se jogar exatamente ao contrário: “Quero deixar PUTO esse meu Criador! Quero ver até onde vai o sadismo desse canalha!”

O jogo é eficiente e versátil porque permite aos jogadores se envolverem de infinitas maneiras a partir de uma proposta simples: encarar a morte pelas mãos de alguém com quem se tem alguma ligação. E isso tem pouco a ver com “sangramento” na minha opinião. Isso porque pressupõe que existe um jogador por baixo do personagem e que é preciso atingir um ponto X para romper a pele e expor o que está ali embaixo.

O termo pegou, mas não faz juz ao conceito. Luiz Falcão, do NpLarp, sugeriu “vazar”, mas eu acho que acaba caindo mais ou menos no mesmo problema. Eu ficaria com a sugestão do Rafael Rocha, do Narrativa da Imaginação, que sugeriu “eco”. Mas nenhuma exclui a outra - tem um monte de contextos em que caberia dizer “sangrar” também. Vale tudo porque o lance não é se apegar numa definição e sim começar a falar do assunto.

P.E.s PARA PRATICAR O DESIGN DE CENAS


Evidente que um poema de encenação bem feito é um jogo completo em si mesmo. Por outro lado em vários momentos, no larp ou no rpg, nos deparamos com um momento onde os dados vão embora e deixam de ser necessários. Nesses momentos um RPG tradicional vira freeform e o GM se quiser fica só olhando, porque a história está girando sozinha naquele momento.

P.E.s podem ser um exercício pra isso também.