Luiz Prado
Brasil, 2014
Uma tarde no museu é um larp para 3 pessoas, com duração sugerida de 15 minutos, sobre nosso relacionamento com as artes e o cuidado com o outro. Nesta experiência, as pessoas representarão personagens criados por elas mesmas e se relacionarão umas com as outras através deles, procurando falar, agir, pensar e sentir como seus papéis.
Uma tarde no museu, uma experiência sobre nossa relação com a arte e o cuidado com o outro. O larp dialoga com a performance e problematiza as formas de interação com as obras de arte, possuindo forte potencial pedagógico.
Uma tarde no museu
um larp por Luiz PradoUma tarde no museu é um larp para 3 pessoas, com duração sugerida de 15 minutos, sobre nosso relacionamento com as artes e o cuidado com o outro.
Nesta experiência, as pessoas representarão personagens criados por elas mesmas e se relacionarão umas com as outras através deles, procurando falar, agir, pensar e sentir como seus papéis. No larp, não existe roteiro definido para a ação: a interação acontecerá de improviso, criada a partir das ideias e respostas de um participante para o outro.
Em Uma tarde no museu, um dos participantes representará uma obra de arte, exposta num museu qualquer. Poderá ser uma escultura, fotografia, instalação, performance, pintura ou qualquer outra forma artística. Para criar o personagem, pense sobre os conceitos que a obra expressa e quais sentimentos ela pretende evocar.
Feito isso, escreva o nome da obra e sua forma num pedaço de papel e prenda-o nas roupas, num lugar visível. Em seguida, posicione-se de acordo com a obra em que pensou. Recomenda-se uma posição confortável, possível de ser mantida até o final do larp.
Os outros participantes representarão um visitante e um monitor do museu. Esses personagens também deverão ser construídos individualmente, antes do início do larp. Sugerimos as questões abaixo para auxiliar esse processo:
Visitante
– Qual é a escolaridade ou formação acadêmica do personagem?
– Qual é a profissão do personagem?
– Qual é a relação do personagem com as artes em geral?
– Por que o personagem está visitando o museu?
Monitor
– Qual é a escolaridade ou formação acadêmica do personagem?
– Por que o personagem trabalha no museu?
– Como o personagem realiza seu trabalho? Ele é um transmissor de conhecimentos ou prefere dialogar com as ideias dos visitantes? Ele é impositivo ou instigador? Dá atenção para escolas artísticas, datas e nomes ou prefere trabalhar a bagagem e as impressões do público?
O larp começa quando o visitante e o monitor aproximam-se da obra. Eles então irão conversar sobre ela, analisando-a e discutindo-a. É importante que os dois procurem observar tanto os aspectos estéticos (formas, cores, linhas, suportes) quanto semânticos (o que está sendo dito) da obra.
Durante todo o larp, a interação da pessoa que representa a obra de arte com os demais deve acontecer apenas pela comunicação que a própria obra oferece. Isso quer dizer que ele não irá falar, rir ou gesticular para os outros, a menos que isso faça parte da proposta da obra.
Quando o monitor ou o visitante sugerir que vejam outra obra, o larp termina. É hora de conversar sobre a experiência.
Leitura Complementar
- Exercícios de preparação para Uma tarde no museu
- Incluindo mais participantes em Uma tarde no museu
- Arte para falar de arte #1 – Os motivos de Uma tarde no museu
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