Luiz Prado
Brasil, 2019
Os Parangolarps
Larp é live action role play. Ação viva + jogo com papéis.
Ação viva. Um gesto consciente e transformador. Um movimento intencional em direção ao mundo.
Jogo com papéis. Uma dança com nossas múltiplas identidades cotidianas. Uma torção, experimentação, subversão, maravilhamento. Sermos nós mesmos – mas diferentes.
E os parangolarps. A manipulação determinada dos papéis no microcosmo da ação, para recompartilhar as possibilidades do mundo.
As coisas como são agora não passam de uma das alternativas. O mundo – local e globalmente, ao toque ou de longe – pode ser diferente.
Parangolarps. Uma baldeação entre o larp, as obras de arte de vestir de Hélio Oiticica e as Zonas Autônomas Temporárias de Hakim Bey. Pelo rompimento das fronteiras entre jogo, arte, revolução e realidade.
O jogo, a arte e a revolução não como antíteses, mas como constituintes da realidade.
Porque a realidade como está aí é apenas uma das possibilidades da existência.
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Desde agosto de 2019, os parangolarps são espalhados em ônibus, trens do metrô, bibliotecas, bares e outros espaços públicos de São Paulo de maneira anônima.
São microrroteiros de ações que alteram de maneira sutil, mas contundente, nossos papéis cotidianos e nossas relações com os outros.
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