sábado, 22 de junho de 2013

Breves Encarnações

Breves Encarnações (link)
um role-playing poem por Goshai Daian
Brasil, 2013



Breves Encarnações é um poema de horror doméstico para 3 pessoas. Cada uma delas interpretará, respectivamente, o Papai, a Mamãe e o Bebê. Esta última também será responsável por narrar o jogo. Breves Encarnações é a adaptação do conto quase homônimo de David Foster Wallace e


um role-playing poem
por Goshai Daian



Se você está lendo isso ou já leu o conto, você será o Bebê/Narrador.

PRIMEIRO ATO - A FAMÍLIA
  • Narrador
    Aquele era um dia como outro qualquer…
    O Papai do lado de fora e a Mamãe em casa no
    fogão.
    O Papai do lado de fora, fazia o quê?
  • Papai
    Descreve o que está fazendo:
    consertando a porta, a cerca, cortando a grama, lavando o carro, etc.
  • Narrador
    A Mamãe em casa no fogão, cozinhava o quê?
  • Mamãe
    Descreve o que está cozinhando.
    (Caso não seja algo com caldo ou líquido fervente, apenas diga: “Troca”)

REGRA GERAL - AÇÕES INDIRETAS, LIGAÇÕES AFETIVAS

Os personagens não conversam, apenas agem. As ações são descritas em forma indireta, incluindo sempre os três personagens do jogo. O Papai não diz “Eu estou cortando a grama”; a Mamãe não diz “Estou fazendo um ensopado”; o Bebê não diz “ueeeeeeeeeeeeeé”.
  • O Papai diz: “Quando eu era jovem eu mantinha a grama sempre bem aparada e meu pai me dava uns trocados. (Nome da mamãe) gosta dela assim e o(a) pequeno(a) (Nome do Bebê) logo vai aprender a tirar seus primeiros trocados também”;
  • A Mamãe diz: “Eu nunca fui uma mulher bonita. A verdade é que peguei o (Nome do Papai) pelo estômago e se estamos juntos e o(a) pequeno(a) nasceu, é por causa deste ensopado”;
  • O Bebê diz… coisas perturbadoras. “Aquele foi o dia mais doloroso da minha vida”, “Por quê?”, “A Mamãe não gosta de mim?”
Obs: Os papéis de Narrador e Bebê são distintos. O participante que os interpreta alterna entre um e outro. A distinção é perceptível uma vez que somente a voz do Narrador é única que descreve cenas diretamente.

SEGUNDO ATO - O ACIDENTE
  • Narrador
    Descreve o choro do bebê, a ida do Papai à cozinha e a cena do acidente: o bebê, COM A FRALDINHA FROUXA, caído no chão, fumegando, coberto pelo líquido fervente da comida da mamãe. Como quer que você descreva a cena, não se esqueça do detalhe da fralda.
  • Papai & Mamãe
    Descrevem suas ações para tentar salvar o Bebê.
  • Bebê
    Pressiona o Papai e a Mamãe. Encoraja os dois a agirem. Diz que eles irão conseguir.
Obs: Role a cena o quanto quiser, explorando cada uma das tentativas dos pais de salvarem a criança e as memórias e sentimentos que os participantes descrevem para agir no processo. Por fim, passe ao desfecho.

TERCEIRO ATO - DESFECHO
  • Se os pais agiram em relação à fralda: o bebê vive, mas com sequelas.
  • Se os pais não agiram em relação à fralda: o bebê morre.
  • A morte da criança só pode ser descrita pelo Bebê, nunca pelo Narrador, de modo que os Pais tenham que intuir que o Bebê está morto.
  • Quando os Pais perceberem a morte do Bebê ou o Narrador descrever que a criança recebeu os atendimentos no hospital, os Pais narram um breve epílogo.
Esse é o jogo.
Leia o conto aqui.
(Obrigado ao meu grande amigo André Assunção pela indicação do conto!)

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